É
incontornável a cadência dos dias, a ausência de euforia quando
estes se sucedem sem arrepios na pele. Por mais que se propulsione a
imaginação, por mais que se estimule a criação, sem sonho, não
podemos crescer, não somos capazes de aprender, e perdemo-nos num
labirinto de conjecturas e vazios que nos devora a alma e o espírito.
Parece-nos
que tudo perece, mesmo quando a pradaria rejuvenesce com as primeiras
chuvas, mesmo quando o Sol preenche de luz o horizonte. Onde estão
os perfumes de lavanda, que matizavam o orvalho das manhãs?
Questiono
o caleidoscópio da vida, sobre os tons, os padrões e os sinais de
despedida. Procuro respostas em becos sem saídas, como se tentasse
encontrar uma passagem mágica para o reino das minhas fantasias, há
muito perdidas.
Silêncio,
é o som mais profundo que se escuta, quando nem já as letras são
de músicas, quando já nem as melodias preenchem em nós os dias.
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