A
humildade é, nos tempos que correm, uma qualidade inestimável,
porque realmente ela subentende não apenas a virtude de ser humilde,
como a
capacidade do ser humano para ouvir o próximo, a capacidade de
aceitar opiniões diversas das suas, e até a paciência virtuosa de
se submeter sem reservas a condições nem sempre fáceis. Se
olharmos bem para o quotidiano, poderemos ver como ser humilde é
atitude em desuso, é peão atropelado constantemente nas estradas da
vida. Se além de apenas predicarmos a palavra, a aplicássemos às
nossas atitudes diárias, seríamos com toda a certeza seres mais
plenos, capazes de olhar sem os óculos da vaidade e da indiferença
para os nossos semelhantes. Teríamos a capacidade de nos dar, mais e
mais, no amor que devemos partilhar a cada hora com todos os que na
mesma estrada nos segue ou àqueles que seguimos. Como seria belo o
mundo, se tivéssemos
a capacidade de abolir o egoísmo e autoritarismo e fosse possível
implantar o amor e a humildade como bandeiras que regessem o nosso
caminho.
Desejo
ardentemente conseguir disseminar a vontade de ser humilde, de ser
capaz de me baixar perante o que está caído, de me vergar perante o
que quer conquistar, para lhe ensinar como se vence o ardiloso e se
conquista o dominante, com a dócil e subtil perseverança do justo e
do humilde.
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