Pergunto qual a dimensão do tempo, vejo como corre veloz, questiono se nunca se esgota, para onde vai depois de passar por mim, de onde vem quando me chega. Passo por ele, tentando perguntar-lhe sobre o futuro, lembrar-lhe o passado, e segurá-lo por mais uns instantes no presente. Mas o tempo não sente, não se compadece e avança, como avalancha pela montanha, deste o futuro até ao passado, por séculos e séculos, sem nunca me ter jurado que posso voltar a alcançá-lo num qualquer percalço. O melhor momento do tempo, é quando me sento, sinto no rosto a brisa do vento e não questiono, apenas sinto cada batida do coração, como mais um segundo, e delicio-me naquele prazer de nada ser, de tudo absorver naquele breve momento em que percebo definitivamente que o meu tempo está a passar, mas, ainda assim o estou a degustar.

Sem comentários:

Enviar um comentário