A essência é uma lágrima, uma gota do fluxo primordial onde encontramos o detalhe mais pequeno da nossa própria existência. Este espaço vago, perdido entre o tempo e a evolução do nosso ser, é ponto de partida para a viagem da vida, não apenas aquela que veste um corpo, mas substancialmente aquela que se alimenta de energia. Vejamo-nos como esse pequeno grão de areia, que sendo quase nada, contém tudo aquilo que precisamos para ser aquilo que almejamos. Esta viagem é fruto maduro que pende da árvore da vida, é semente por plantar, momento, instante em que ficamos suspensos. Este vácuo é o habitat da alma, lugar onde o éter é o fluído que nos alimenta e toda a energia é força que se faz germinar. Somos um ciclo, que se renova no fogo dos séculos, um fruto que se adoça na luz das estrelas, na água que nos inunda as raízes, no vento que nos afaga as folhas, na terra que nos acalenta. Vinde, renascei todos os dias, juntai as cinzas e elevai-vos na poeira dos anos, hoje somos velhos, amanhã seremos novos, vinde, dai as mãos e senti a força do nosso Universo.

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