Quando menos espero surge um nevoeiro que envolve o meu corpo, tolha os sentidos e me deixa perdido nos pensamentos. Não entendo porque do nada tudo surge, e depois nada mais é, nada mais urge, acaba e desaparece como chegou. Há sentidos que não fazem sentido de não ser por serem ocos ou procurarem apenas a superficialidade de o ser. Há questões que não perguntam, chegam e impõem, usam e abusam para depois passarem a ser afirmações de alguém que não ousa ser quem quer ser, e por detrás se esconde daquilo que realmente é. Não entendo a dispersão como a forma de ir mais longe, mas como a necessidade de ser mais ouvido, porque só, é o sentido, porque só, é o corpo que usa a disforme ideia de querer ser o que não consegue. É assim que fico na hesitação de ser aquilo que sou, porque vejo tantos ser o que não são, mas, acabo apenas sendo eu, afastando-me do mau caminho, do descaminho em que por vezes o corpo se quer perder, mas a alma não permite.

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