Era tão simples esquecer-se simplesmente das regras, deixar ao “Deus dará” os desígnios da vida, seria provavelmente a forma mais fácil de passar pelo quotidiano sem sair molestado por este ou aquele acontecimento, esta ou aquela atitude. No entanto, parece que habita em mim a “praga” de fazer reparos, chamar à atenção, corrigir este ou aquele acto, esta ou aquela situação. Tantas são as vezes que fico zangado comigo mesmo por ter esta forma de ser, de pensar, de actuar. Esta inevitabilidade para a obliteração do erro torna-me uma pessoa complicada, complexada, desagregada do estado social actual. Sobreviver nesta estrutura social em que as regras, particularmente as de boa índole e de bons costumes são cada vez mais ignoradas em detrimento do alter ego, do EU como centro do universo, torna-se uma missão quase impossível. Acredito que em algum ponto adiante no caminho uma viragem reverterá os actos suicidas duma sociedade que a cada dia parece mais desorientada. Creio que haverá um tempo em que o ciclo se inverterá, os vendilhões serão expulsos do Templo e poderemos regressar, para orar.

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