Qual
a sustentabilidade do pensamento, quando a envolvência nos aporta a
demência cega de quem vive preso a falsas realidades. Criámos um
mundo de facilitismos, em que nada é impossível, em que as
barreiras são amovíveis como por artes de magia. Esquecemo-nos de
reforçar os alicerces da nossa vida, e, sobre casas modestas
construímos arranha-céus de vidro brilhante. Hoje sentimos o peso
da nossa ignomínia, percebemos que, provavelmente não podemos fazer
tudo aquilo que gostaríamos, que não chegaremos a onde as nossas
ilusões nos levariam. Contudo é necessário chamar pelas forças
que sempre nos impeliram à luta, acreditar que se formos capazes de
descer as escadas com a rapidez com que as subimos podemos ainda
encontrar o equilíbrio perdido, a estabilidade que nos permita, mais
tranquilamente viver a vida, sem querermos esgotar aquilo que não
possuímos.
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