Falo-vos da minha metamorfose, como facto de transformação, não apenas física, como mental, não apenas social, como espiritual. Transformar-se implica ter consciência do que está errado em nós, no todo que somos, no muito que já fomos e naquilo que pretendemos ser no futuro. Olhar-se e gostar de se ver, respirar-se e sentir-se fresco, pensar-se e ouvir-se na voz do vento, sem roçar o egocêntrico, é sentir-se realizado. Para alcançar este estádio, é preciso usar toda a persistência, ter a certeza de que somos capazes de nos transfigurarmos, ter consciência dos sacrifícios que esta mutação nos vai trazer. Por outro lado, ser lagarta e transformar-se em borboleta é alcançar a capacidade de ir da Terra aos Céus, ganhando asas, aprendendo a voar no infinito momento de libertação que só a metamorfose nos pode dar.
Hoje sou aquilo que sou, sinto o ar equilibrar-me, o vento impulsionar-me e a atmosfera alimentar-me, tenho uma perspectiva diferente do Mundo, vejo o Universo mais próximo de mim.

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