Na ânsia de perceber o infinito deixo-me deambular por ideias e instintos, deixo o corpo questionar a gravidade, e os olhos perguntarem às estrelas os seus segredos. O astro foi e sempre será um espaço mágico, é lá que encontro a tranquilidade dos dias, quando a Noite é plena de estrelas e os planetas cruzam o céu escuro para me visitarem. Ali vem Marte, alaranjado, a poente, pouco acima do horizonte. Vénus, sempre intenso logo ao cair da tarde começa a acenar-me. Júpiter, mais distante, aparece do lado nascente, ele é o deus dos céus, imenso, por pouco não foi estrela para disputar o brilho do Sol. Vejo-me aqui, neste planeta azul, qual grão de areia, fragmento de pó duma estrela qualquer, viajante do cosmos nos sonhos de menino que gosta de se inventar dono do seu próprio destino.

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