Há nas caminhadas difíceis um cansaço acumulado que por vezes nos faz tremer as pernas, querer abandonar o corpo na beira dum caminho qualquer. Mas, há também nas dificuldades a tentativa de superar-se a si próprio, de acreditar que haverá a força necessária para ultrapassar mais uma curva, seguir mais uma recta até atingir os objectivos. Nestes tempos de contracção devemos agarrar-nos à nossa humildade, pensar que é no âmago que guardamos a essência do que somos, que é nela que reside a força de que necessitamos para puder ir mais além.
Não é fácil acreditar no fim do caminho quando o que vemos é um horizonte sem destino algum, mas todo o ciclo tem o seu contraciclo, e quando estamos desesperadamente mergulhados no fundo só existe um sentido, vir à superfície.

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