Há questões que me preenchem de dúvidas. Estarei eu desajustado da realidade, serei “anormal” face ao padrão previamente estabelecido? Não entendo como resisto neste mar de incongruências em que tudo parecem ser falsas poses, interesses construídos em alicerces de barro. Pergunto-me, porque não me misturo, porque não me deixo embalar na conversa fútil e me deixo ser simpaticamente sorridente como os outros. Não entendo porque sempre estou mais além, pensando nas consequências dos actos que ainda não foram praticados. Por tudo isto questiono-me se estarei no lugar certo, no tempo correcto, ou, se por caso me perdi nos túneis do tempo e vim desembocar numa realidade que não é a minha.
Gostaria de me encontrar, quiçá num outro lugar, onde à luz duma nova sociedade, o meu ar fosse mais normal, o meu semblante menos cansado e pesaroso, onde viver fosse tão simplesmente, um gozo.

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