Nas minhas viagens à compreensão humana, tenho visitado mundos diversos, gente que se perde do caminho, que se esquece dos sentidos, gente que não sabe onde quer chegar, outros que querem apenas voltar. Muitas noites me questiono sobre o que faço, o que digo e o que escrevo. Que linhas lhes deixo impressas na alma, que portas lhes abro, ou, que sentidos lhes ofereço. Procuro também entender o que recebo, como amadureço nesta caminhada entre tanta gente que me oferece um pouco de si. Aprendo, entendo, mas nem sempre compreendo a finalidade destas viagens, destes cruzamentos que atravessam obliquamente vidas. Sei que sou um ser humano comum, embora tantas vezes me levem a pensar o contrário, limito-me a libertar os sentidos, a embrulhar as palavras em papéis bonitos e a oferecê-las como prendas a quem passa. Sei que não sou nada mais que um grão de areia, uma gota de chuva, ou, uma folha seca que se desprende da árvore da vida e esvoaça nas asas da brisa.

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