A nossa alma procura constantemente as ligações cósmicas que lhe permitem aglutinar-se numa só energia. Ela reconhece os padrões idênticos ao seu, atrai-os e comunica-se criando laços fortes que nos tornam próximos de outros. Este espaço imenso em que a energia flui como rios lentos de águas mornas, é a absorvência dos sentidos, a necessidade implícita em nós de estarmos unidos. Este éter é um oceano imenso, onde cada um é apenas uma gota de água que se aglutina com as suas almas gémeas, cuja densidade de sentidos é igualmente intensa e sentida. Não existe em nós apenas uma ligação, nem física, nem espiritual, estes fios soltos que se vão agarrando à medida que passamos pelos sentidos de outros, são parte de um emaranhado de emoções que se reflectem no quotidiano de um corpo celeste feito de luz, que habita um corpo, apenas e só para poder materializar-se e fazer-se visível no espaço físico deste mundo.

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