Não, não possuo as certezas que me permitam seguir no cruzamento das linhas que conduzem a vida a vários destinos. Não, não sou dono do meu corpo, do meu pensar, do meu desejo ,sequer do meu sonhar. Sou parte de uma corrente, por mais que tente quebrar elos, ela vence, arrastando-me o corpo no sentido descendente deste rio cheio de gente. Por vezes parece que comando este barco, que o levo para onde quero e faço com ele o que me apetece, mas é uma falsa ilusão de poder, uma sensação em que parece que tudo acontece por eu querer, não é verdade! Sou um ser animado pelas cordas que me suspendem os braços, pelos fios manipulados por forças maiores que me conduzem e me levam para lugares que não conheço, estou preso à minha própria concepção, sou o fruto de uma árvore que não vai a lado nenhum, apenas fica e morre de pé!