Às vezes o tempo não me permite desdobrá-lo, não me permite segurá-lo na ponta dos dedos. Tantas vezes o vento não me deixa abrir as asas e o abismo teima em sugar-me o corpo. Resisto, caminho fincando os dedos na terra, os pés enterrados na areia, forço o passo, e deixo o compasso do relógio atrás do ponteiro dos segundos. Adianto-me, salto no ar e tento quebrar a corrente que me quer arrastar. Este lugar onde quero ir parar, é um sítio tranquilo, onde não se ouve o ruído do mundo ao trabalhar. Estes gritos que ecoam nas mentes das pessoas, são alucinações que a matriz pré concebida se encarrega de geral, para suas mentes baralhar. Áh como invejo aquele silêncio, aquele momento, em que me sento para descansar.