Deveria o céu pintar-se de tons de azul e a madrugada ser aragem que veste as sombras e abraça as verdades? Não sei! Sei apenas que nesta esfera em que me movo, todos os passos são fogo apressado, o tempo cavalo alado que corre desenfreado para um lado qualquer. Áhh como eu invejo o silêncio, uma certa solidão que me permite a introspecção, sem que a mente esteja a correr, a soçobrar de preocupação. Precisaria de ter a capacidade de me ausentar, de sair, de voar para um qualquer lugar do espaço não físico, onde não existisse corpo, não existisse frio, onde a vontade fluísse como rio livre, encosta abaixo em direcção ao suave abraça do mar. A cada dia que passa as forças são menos, a impotência aumenta exponencialmente e adensa o conflito entre o que me vai dentro e o que me contorna, como fazer com que esta barca flutue, impedir que a vaga a adorne?
Sinto-me no limite, não sei quanto mais tempo aguente, sem perceber como e quando sentir, se devo ficar ou partir, se devo viver ou perecer, pois as forças esvaem-se e já não sei o que fazer.



2 comentários:

LuNa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
LuNa disse...

Mesmo nesse labirinto de não saber o que fazer e como sentir, tens sempre a magia nas palavras para o descreveres!
Gostei da forma das palavras... Mas ao mesmo tempo, não gostei e não gosto de Te Sentir assim :(

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