Pelo
infinito momento em que entrego a mente à brisa do vento, deixo
fluir a energia que me transporta muito para lá da realidade que
cerca o corpo por todos os lados. É preciso um toque de abstracção
para poder sentir a vontade de se reinventar. Há uma premente
necessidade de evasão que me persegue no dia-a-dia. Sem ela seria
apenas mais um, mas sinto que esse chamamento ancestral está
incrustado na espiral dos meus genes. Esqueço-me do tempo,
deambulando através dos sentidos numa viagem virtual para outros
mundos, governados por outras leis, onde a vida é feita de pequenos
detalhes e a beleza se dissipa no toque das almas.
Um
dia não quero voltar, quero apenas ficar, deixar-me estar, nesse
lugar, onde a magia é a capacidade de inventar o momento seguinte.
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